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O CEPON é uma instituição especializada no atendimeno oncológico em Santa Catarina que atende todos os tipos de câncer. Foi criado oficialmente em 26 de junho de 1986. Surgiu em decorrência da iniciativa do médico Alfredo Daura Jorge, que implantou em 1974, junto ao Hospital Governador Celso Ramos( HGCR) um atendimento terapêutico ambulatorial aos pacientes oncológicos. O trabalho ganhou força ao longo dos anos com a ampliação dos seus serviços: Programa de Internação Domiciliar -PID ( 1992 ), Unidade Hospitalar ( 1996 ), Núcleo Descentralizado de Lages ( 1998), Transplante de Medula Óssea ( 1999), Núcleo Descentralizado de Itajaí ( 2000 ), primeira etapa do Novo Complexo Oncológico ( 2005 ), Serviço de Radioterapia ( 2006 ).Os núcleos descentralizados foram assumidos por seus municípios em 2007 e 2008.

Cuidados Paliativos

A Filosofia de Cuidados Paliativos tem sido resgatada e sua implementação nos Serviços de Saúde é considerada o diferencial humano do Século XXI. Segundo a Organização Mundial de Saúde (2002) Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida dos pacientes e familiares que enfrentam problemas com doenças que ameaçam a continuidade de suas vidas, preservando o alívio do sofrimento por meio de avaliação precoce e correta do tratamento da dor e outros sintomas de desconforto. Afirmam a vida e encaram a morte como um processo normal; não apressam nem retardam a morte e integram os aspectos físicos, psicossociais e espirituais no cuidado do paciente e seus familiares, do diagnóstico à morte e luto.
Essa definição orienta a que o paciente e sua família sejam alvo de cuidados específicos e diferenciados, onde o foco são as suas expectativas e perspectivas. O cuidado aqui apresentado acontece a partir de uma equipe de saúde que atua na busca da manutenção, e por que não dizer, devolução e até desenvolvimento da relação de sujeitos de suas vidas ao paciente e sua família, ou seja, do seu empoderamento, mesmo na iminência da morte.
A discussão sobre Cuidados Paliativos envolve questões éticas importantes, como a autonomia, isto é, o direito que o paciente tem de ser informado sobre sua real condição e de optar em não ser tratado quando o tratamento nada mais faz do que prolongar o processo de morrer, trazendo sofrimento; o julgamento entre a beneficência e a não maleficência e a aplicação do princípio de justiça no julgamento de ofertas de tratamento. O desafio ético é considerar a questão da dignidade na morte, para além da dimensão física ou biológica e ultrapassa o contexto médico-hospitalar, ampliando os horizontes e integrando a dimensão social e de relações no cuidado. Há muito trabalho no sentido de fazer a sociedade compreender que morrer com dignidade é uma decorrência de viver dignamente.  
O Serviço de Cuidados Paliativos foi implantado no CEPON em 1989, a partir da iniciativa da oncologista Dra Maria Tereza E. Schoeller, que em suas atividades observava uma demanda, crescente e reprimida de pacientes que num determinado momento do tratamento tinha somente como prognóstico o controle de sintomas e o cuidado, objetivando conforto e uma morte digna. Iniciou-se com consultas em Cuidados Paliativos, mas logo o atendimento se estendeu para os pacientes em domicílio (PID-Programa de Internação Domiciliar). A unidade de internação dos Cuidados Paliativos, possui 12 leitos e 01 leito de isolamento de uso comum das unidades hospitalares. Seu quadro funcional é composto pelos seguintes colaboradores: enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliar de enfermagem, médicos oncologistas, nutricionista, farmacêutico, terapeuta ocupacional, assistente social, psicólogo e fisioterapeuta.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Diretrizes para implantação de Serviços de Cuidados Paliativos. 2002. Disponível em: www.who.int/cancer/palliative/en.
SANTOS, M. J. O Cuidado à Família do Idoso com Câncer em Cuidados Paliativos: Perspectivas da Equipe de enfermagem e usuários. 118 p. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009.